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Quanto tempo dura o processo de psicoterapia?

  • Foto do escritor: Karina Kasai
    Karina Kasai
  • 23 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de jan. de 2022

Psicoterapia psicanalítica X Análise



É muito comum quem nunca passou por um processo de psicoterapia ter a dúvida de quanto tempo dura o acompanhamento ou mesmo em quanto tempo já se consegue uma melhora. É muito difícil dizer um prazo visto que todo o processo é muito individual, existem pessoas que se implicam com o processo muito rápido, ou seja, entram em processo de análise em poucos meses enquanto outros podem demorar mais tempo.

No entanto de uma forma geral vejo que em cerca de 4 a 6 sessões, uma boa parte das pessoas referem uma sensação de mal-estar amenizado. É como se acontecesse um processo de esvaziamento da angústia acumulada que começou a ser colocada em palavras, e pôde começar a ser olhada “fora da cabeça”, passando de ideia, que ocupa a cabeça (muitas vezes de forma desorganizada e tirando a paz), a verbalizações ouvidas, sentidas, pensadas e compartilhadas.

Esse momento da sensação de melhora é crucial, um divisor de águas. Alguns abandonam o processo ou por entender que já se sentem melhor, ou seja, voltaram ao estado de “equilíbrio anterior”, e com isso quero dizer apenas que voltaram a não sentir tanto incômodo e mal-estar. Não significa que houve alguma mudança de posição subjetiva frente a vida, ou seja, uma mudança mais profunda, mas acreditam que alcançaram o que estavam buscando e tudo bem. Outros interrompem por defesa, muitas vezes inconsciente, por perceberem que a partir dali podem estar “correndo o risco de mexer com coisas mais profundas” e talvez não estejam dispostas ou mesmo preparadas nesse momento, e tudo bem também. E há também aqueles que apresentam uma queixa pontual e tem um tempo limitado a se dedicar a psicoterapia e optam por uma psicoterapia breve, e após algumas sessões finalizam o processo, alguns com o benéfico que esperava, outros com o benefício possível.

Quatro, seis sessões, as vezes são suficientes para algumas pessoas sentirem suas angústias acolhidas e começarem um processo de reflexão que pode levá-la a rever algumas coisas, porém não é nem um início de processo para uma análise, é como podemos dizer aquela introdução do livro. Não deu tempo de partirmos para a história de verdade. Porém isso já é suficiente para algumas pessoas e tudo bem, ela só deseja diminuir o mal-estar que sentia e voltar a sua rotina.

Acredito e respeito o que cada paciente que me procura deseja, afinal o desejo, seja ele como for, deve ser do paciente e não do analista, e cada um decide qual é seu tempo, ou seja, se quer apenas amenizar as angustias e voltar para o estado aparente de equilíbrio por mais um tempo, ou se deseja aprofundar e conhecer mais sobre si e a forma como se posiciona no mundo, a forma como faz suas escolhas e com isso revisitar sua história possibilitando uma mudança real. O processo de análise não é para todo mundo, não é fácil remexer em feridas, mas para alguns não há escolha, para curar a dor é preciso olhar para ela e depois deixar cicatrizar. Assim a quem se permite e se lança em um processo de análise deve estar disposto a dores e alegrias dessa caminhada em direção a busca pelo melhor de si, o melhor que se consegue fazer com o que se é.


Karina Kasai Lopes

Psicóloga

CRP 06/86151

Atendimento online e presencial


 
 
 
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